Globo paga R$ 400 milhões por futebol

A TV Globo garantiu os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro por 400 milhões de reais. O valor é anual e o contrato fechado corresponde ao triênio 2009 até 2011. A vice-líder Record desistiu, na última sexta-feira, de propor concorrência e levar os direitos de transmissão do torneio. Em nota divulgada à imprensa, a emissora criticou a forma de comercialização do pacote e informou que o atual sistema "inviabiliza" que outros canais "concorram em condições de igualdade com a atual detentora, diminuindo assim a importância do papel da divulgação do esporte na sociedade".

O Clube dos Treze é o orgão responsável por atuar nesta negociação. Segundo cláusula firmada pelo próprio grupo, a Globo tem preferência na compra dos direitos. Contrária à esta norma, a Record havia proposto anteriormente que a decisão deveria ser favorável a quem apresentasse a melhor proposta, sem a possibilidade de cobertura pela emissora concorrente. A sugestão não obteve sucesso.

TV paga chega a 5,3 milhões de residências

A Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) e o Sindicato das Empresas de TV por Assinatura (SETA) anunciam os resultados do Levantamento Setorial - Operadoras do ano de 2007. A base total de assinantes de TV paga cresceu 13% em relação a 2006, chegando a 5,3 milhões de residências em todo o Brasil. Já os usuários de internet em alta velocidade somaram 1,8 milhão, número 47% maior que o registrado em 2006.

O crescimento da base de assinantes, tanto de TV por assinatura quanto de internet banda larga, impulsionou o faturamento bruto do setor, que foi de R$ 6,7 bilhões em 2007 ou 22% superior ao montante acumulado em 2006. O número de empregos diretos gerados no período, que foi de 13,8 mil, também apresentou alta de 26% em relação ao ano anterior.

"As operadoras de serviços de televisão por assinatura são detentoras de uma abrangente e extensa infra-estrutura multisserviços de telecomunicações. São, portanto, capazes de atender as demandas crescentes desse mercado", afirma Alexandre Annenberg, presidente-executivo da ABTA. O executivo ressalta que os dados apresentados no levantamento comprovam a consolidação do setor de TV por assinatura no Brasil

O Levantamento Setorial de TV por Assinatura - Operadoras é uma iniciativa conjunta da ABTA e do SETA, que possibilita ao setor dispor de dados consolidados sobre seu desempenho atual e perspectivas futuras. O levantamento é realizado trimestralmente desde 2002 e conta com a participação de 20 grupos econômicos que representam operadoras de TV por assinatura.

Estréia de "Custe o Que Custar" na Band não decola no Ibope

A estréia do programa "Custe o Que Custar", na última segunda-feira (17), na Band, parece não ter agradado muito a audiência. Isso porque a atração apresentada por Marcelo Tas, Rafinha Bastos e Marco Luque marcou apenas 2 pontos de média no Ibope, com um pico de 5 pontos. O primeiro programa do "CQC" contou com a presença da modelo Daniela Cicarelli, que fez uma chamada para o seu novo programa, também na Band, que estréia no próximo domingo (23), com o nome de "Quem Pode Mais". Antes do "CQC", o horário das 22h30 às 0h era ocupado pelo seriado de humor "Mr.Bean", que registrava uma média de 3 pontos de audiência.

Governo quer acabar com exclusividade no futebol

O Governo quer dar fim ao domínio de mercado da TV Globo no futebol brasileiro. Em relatório enviado esta semana ao Clube dos Treze, a intenção é acabar com a cláusula de exclusividade, que permite a uma única rede de TV adquir os direitos de transmissão de campeonatos. Faz parte do plano também excluir a cláusula de preferência na negociação. Dessa forma, propostas seriam feitas por vários lados e a maior delas ganharia a disputa, sem a possibilidade de abertura de valores para uma eventual cobertura na oferta, de acordo com a prática corrente atual.

Segundo informa o colunista do jornal Folha de S.Paulo, Daniel Castro, na edição de hoje, o documento foi produzido pela SDE (Secretaria de Direito Econômico) e instruirá julgamento do Cade (Conselho Administrativo de Direito Econômico). Mais de dez anos de investigação foram considerados na elaboração do relatório, ainda preliminar, com o montante de 121 páginas. "Mesmo considerando que venda com exclusividade pode eventualmente gerar maiores receitas para os clubes, entende-se preliminarmente que os seus efeitos anticoncorrenciais não justificam essa prática na TV aberta, devendo-se pensar num modelo alternativo", diz o texto.

Entretanto, no caso da TV paga o discurso é diferente. Para a SDE, a exclusividade neste meio deve ser mantida por ser "um mercado ainda pouco desenvolvido".

Redação Adnews

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